Na próxima quinta-feira, dia 23, ocorrerá na USP um debate organizado pelo grupo Quinta Livre sobre “Software livre e políticas públicas” com representantes de diversos partidos políticos.
Declarações como a feita recentemente pelo presidente da Microsoft na América Latina criticando a posição do governo brasileiro em relação ao software livre aumentam minha impressão de que cada vez mais o poder público compreende a importância política do uso de software de código aberto. Nesse contexto, é de extrema importância um debate como este que o pessoal da Quinta Livre está organizando para tornar público a opinião dos diferentes partidos em relação ao uso de software livre nos programas governamentais.
Conversei com algumas pessoas que estão organizando o evento e eles planejam transmitir o debate ao vivo pela web e publicar em algum lugar o vídeo para quem quiser assistir depois.
Segue abaixo as informações que copiei de um post do blog do grupo. Esse outro post tem um texto introdutório justificando a necessidade do debate. Para as últimas informações visite o site do Quinta Livre.
Data e hora:
23 de SETEMBRO de 2010 (é uma quinta-feira) às 19:30.
Local:
Auditório da Escola de Aplicação, Faculdade de Educação, USP-SP (Cidade Universitária do Butantã) (mapa)
Desde 2006 em Montreal a principal atividade do Dia Mundial Sem Carro é o die-in.
Um die-in é um evento simbólico, uma encenação teatral, onde os participantes fingem estar mortos em algum cruzamento afim de chamar atenção para uma das principais consequências da sociedade do automóvel: a morte. Seja diretamente em atropelamentos ou “acidentes” ou indiretamente em função da poluição e outros fatores. Os participantes são encorajados a se preparar para o evento com sangue falso, bandagens etc.
O primeiro die-in que se tem notícia ocorreu em Montreal em 1976 e foi organizado pela Le Monde à Bicyclette. Já naquela época chamava a atenção para os problemas causados pelos automóveis e defendia o uso de formas ativas de transporte. Trinta anos depois, em 2006, participantes da Massa Crítica de Montreal retomaram a idéia como parte das atividades do DMSC e, desde então, todo ano organizam um die-in.
Para mais informações e fotos sobre os die-ins em Montreal (em francês):
Infelizmente como não estou na capital paulista não estou acompanhando a organização do DMSC 2010 e tão pouco estarei presente no 22 de setembro. De qualquer maneira fica a sugestão para organizar um die-in. As fotos dos die-ins de outros anos aqui em Montreal são empolgantes. Com um pouco de maquiagem e criatividade dá para fazer bastante barulho.
Below some pictures from the first day of Tiki Fest Montreal 5. A Tiki Fest is a
is a meeting between Tiki contributors (that usually only meet
online). This is an opportunity, usually, to socialize over drinks,
get some laptops out and code wildly in group sessions and/or
discuss about wiki technology and culture, etc. depending the mood
and context. It is a great opportunity for Tiki users and Tiki
power users to meet some of the developers and learn more stuff.
http://tikiwiki.org/TikiFest
This was the third time I have been to a TikiFest (the first two were in London and Barcelona last year).
Marc did a presentation of Tiki 5.0. He did a new installation and configured the software based on the necessities brought by some folks that might use Tiki as the wiki engine for Bixi (one of the most amazing things of Montreal and for sure a subject for a next post).
Louis-Phillipe talked about category transitions and I showed my ideas for the blog revamp. I will be working to improve Tiki Blog during this (northern) summer.
Atualização (06/07/2010): a campanha para ajudar o filme foi um sucesso. Eles pediram US$2500 e conseguiram US$3175 😆
Uma ghost bike é ao mesmo um memorial a um ciclista que foi assassinado por um veículo motorizado, uma vida perdida em função da pressa de alguém na maioria dos casos, e um lembrete para os outros motoristas de que as ruas devem ser compartilhadas por todos os modais.
Através de um post que o Willian fez em seu blog (http://blig.ig.com.br/freeride/2010/05/26/documentario-sobre-ghost-bikes/), fiquei sabendo de um projeto da Meaghan Wilbur de New York para criar um documentário sobre as ghost bikes. Como é um projeto autonômo, ela está pedindo ajuda para custear os gastos com as viagens que pretende fazer por cidades na América do Norte, América do Sul e Europa para filmar ghost bikes e conversar com pessoas envolvidas na instalação das mesmas. Ela já esteve em São Paulo conversando com o pessoal da Bicicletada.
Como não encontrei no site do projeto informação sobre a licença que ela pensava em usar para o documentário, entrei em contato com a Meaghan que me respondeu que a idéia é usar uma licença livre. Provavelmente alguma licença Creative Commons, isso só não foi divulgado ainda pois ela não tem muito conhecimento sobre o assunto. Quem quiser ajudar com sugestões é só entrar em contato com ela através do e-mail publicado no site do projeto. Nada mais lógico que usar uma licença livre para um projeto que tem suporte comunitário.
Para contribuir com a produção do documentário basta ter um cartão de crédito internacional (se por acaso alguém tiver interesse em ajudar mas não tiver um cartão de crédito internacional entra em contato comigo em PVT que damos um jeito). O objetivo é juntar US$2500 até o dia 4 de julho, até agora foram levantados US$1588. Qualquer quantia é bem vinda. Quem ajuda com US$15 ganha acesso a uma versão digital do documentário para download. Quem ajuda com US$25 recebe em casa um DVD.
Bicicleta é um meio de transporte individual muito eficiente. Agora, não é possível fazer as compras do mês no supermercado ou mudar de casa de bicicleta. Para isso é necessário um transporte motorizado, certo? Errado!
Não se trata de acabar com os carros e caminhões e criar uma sociedade das bicicletas. É óbvio que não é possível fazer tudo de bicicleta (uma ambulância com pedais não parece ser uma boa idéia), a bicicleta tem limites. Mas os dois vídeos abaixo mostram que esses limites são muito mais flexíveis do que costumamos imaginar. Mostram que é possível transportar muito mais do que pensamos com uma ou várias bicicletas e que as compras do mês no supermercado não chegam nem perto do limite de carga de uma bicicleta (isso sem falar que supermercado não é exatamente o melhor lugar para se comprar comida…).
O primeiro vídeo é sobre a Déménagement Myette, uma empresa canadense que faz transporte de cargas, em geral mudanças. Porém eles não usam caminhões para carregar sofás e geladeiras, transportam tudo em bicicletas.
Looking for a professional but affordable way to move a few big items on Montreal Island?
Our experienced and courteous employees can move your furniture and appliances, or even construction refuse, through the use of large flatbed trailers pulled by bicycles.
By choosing our company, you not only get a great service, but you also support an efficient and friendly alternative to polluting, noisy and bulky trucks.
Já o segundo filme é um curto documentário de um cara construindo um caminho de pedras no seu jardim. O detalhe é que ele usou uma bicicleta para transportar para sua casa todo o material usado na construção inclusive os grandes blocos de pedra (aproximadamente 3,3 toneladas). Tudo isso para no final falar: “It’s hard to do your shopping by bicycle? Then don’t go shopping for anything bigger than a sidewalk”. Vale a pena ver também as imagens de distintas bicicletas com carga no final do filme a partir dos 4m14s.
Para terminar, uma tirinha do Yehuda Moon que resume bem o espírito por traz dessas “ideias malucas” de explorar os limites da bicicleta como meio de transporte:
O vulcão Osorno fica próximo a cidade de Puerto Varas no Chile. A aproximação é muito fácil e rápida. Com “apenas” 2652m de altitude, chega-se de carro no local do primeiro e único acampamento, por uma estrada asfaltada e boa. É possível inclusive pular o pernoite, chegar de madrugada e já começar a ascensão. Além disso, a caminhada em si é rápida, em torno de sete horas ida e volta. Por outro lado, é uma montanha um pouco técnica. Sua ascensão inclui caminhada por glaciar e superar um pendente de neve e gelo de uns 50 graus.
Prelúdio
No começo de fevereiro, fiz, na companhia do Xuxa e da Carmen, um curso de escalada em gelo e travessia de glaciar (organizado pelas empresas Andes Ascenciones e Marumby) em Bariloche. Após nove dias de aulas práticas e teóricas queríamos ir para uma montanha onde pudéssemos aplicar o que havíamos aprendido. Daí que surgiu a idéia de ir para o Osorno, por sugestão dos instrutores do curso.
Em Bariloche, alugamos um carro e fomos para Ensenada, uma vila de Puerto Varas, cidade no lado chileno da Cordilheira dos Andes, ponto mais próximo do vulcão. Planejamos chegar no primeiro dia até a base, dormir uma noite e no dia seguinte subir. Porém, o tempo não colaborou. Das seis horas de viagem de carro, as últimas quatro foram sob chuva forte. Chegamos tarde em Puerto Varas e optamos por adiar em um dia a viagem.
Dormimos na cidade e no dia seguinte, debaixo de chuva, fomos até a base do vulcão (a estrada é de asfalto e está em boas condições). Lá existe um posto do CONAF (onde é necessário se registrar) e pelo menos dois refúgios. Um deles, mais movimentado, está sempre cheio de turistas que sobem durante o dia para apreciar a vista do lago Llanquihue e andar de telesilla (espécie de teleférico comum em centros de ski, não sei a palavra em português). Nos dois refúgios é possível conseguir comida e lugar para dormir.
A chuva seguia forte, ventava muito e uma nevoa reduzia a visibilidade para uns vinte metros. Do refúgio, famoso mirador do Osorno e do lago, não dava para ver absolutamente nada e a previsão do tempo para o dia seguinte era a mesma. Não podíamos esperar mais que um dia, pois a Carmen precisava voltar para Bariloche para seguir de ônibus até Buenos Aires, de onde ela ia tomar um avião de volta para o Canadá. O vulcão não queria visitas, voltamos para Bariloche sem nem sequer ver-lo.
A volta
Depois de alguns dias em Bariloche, eu e o Xuxa, decidimos tentar uma segunda vez, dessa vez de ônibus. Fomos para Puerto Montt e lá pegamos outro ônibus direto para Ensenada. Uma opção melhor é sair de Bariloche direto para Puerto Varas e de lá pegar um ônibus para Ensenada. Tanto de Puerto Montt como de Puerto Varas existe serviço regular para Ensenada, a vantagem é que de Puerto Varas, por ser mais próximo, a frequência é muito maior. Em Ensenada, contratamos uma pessoa (contato no fim desse post) para nos levar de carro até a base do CONAF no final da estrada que sobe a encosta do vulcão. Com um pouco de paciência é possível subir de carona, o fluxo de carros nessa estrada é grande, a maioria turistas.
Nessa segunda tentativa, podíamos ver o vulcão desde a estrada que leva para Puerto Montt, do outro lado do lago Llanquihue. Nada de nuvens e tempo perfeito. No CONAF fomos recebidos pelo guardaparque Iván, com quem já havíamos conversado há poucos dias atrás na primeira vez que estivemos na região. O Iván é uma pessoa atenciosa e disposta a ajudar. Preenchemos um formulário onde, além de colocar um resumo do nosso plano de subida, tivemos que marcar o equipamento que possuíamos. Dos itens solicitados pelo parque não tínhamos apenas um rádio VHF, mas não houve problema.
Além de ser possível, como já comentei acima, chegar de madrugada e subir o vulcão, quem optar por dormir uma noite tem algumas opções. Próximo ao CONAF existem dois refúgios, sendo que o refúgio Teski foi o que me pareceu mais aconchegante e tranquilo. Os serviços variam desde um local para dormir com seu próprio saco (9000 pesos no Teski) até quartos com café da manhã incluso. Quem preferir pode caminhar por cerca de duas horas e acampar num local chamado La Hoya. Essa não nos pareceu uma boa opção, primeiro porque implica em caminhar com o mochilão para encurtar apenas duas horas de uma subida que já é curta, além disso não existe água no local, é necessário derreter neve. Nós optamos por acampar ao lado da casa do CONAF. Apenas andinistas podem dormir nesse local e somente por uma noite. O maior incoveniente é que o parque solicita que a barraca seja desmontada antes de começar a ascensão.
No dia seguinte, acordamos cedo, tomamos café, guardamos as coisas e as 5h começamos a caminhada. Sabíamos mais ou menos a direção que deveríamos seguir, mas no escuro não encontramos a trilha exata. Em alguns momentos tivemos que subir pendentes maiores que o necessário até encontrar com o final da segunda telesilla. Talvez uma opção melhor seja começar a caminhar acompanhando as telesillas desde o seu começo que fica na direção leste do posto do CONAF. Até esse ponto demoramos uma hora e dez minutos. Então, contornamos um neveiro pela esquerda (pela direita havia uma trilha curta e bem marcada que leva até um mirador do vulcão) e seguimos por uma trilha também marcada que termina no início no glaciar, onde nos encordamos. Desde o nosso acampamento até o começo do glaciar seguimos predominantemente para nordeste. Do glaciar até o cume seguimos predominantemente para leste, isso implica em, no começo do glaciar, caminhar um pouco para a esquerda até encontrar com um filo e seguir por ele até o final. Para se localizar no glaciar, o mais importante é identificar a Ilha de Pedra, uma formação rochosa no meio do gelo que pode ser vista desde o CONAF, e se manter sempre a esquerda dela.
O glaciar estava tapado, vimos pouquíssimas gretas abertas e a neve estava bem consistente, o que facilitou nossa ascensão. Apenas a última parte da subida que é um pouco mais complicada, uma pendente de uns 50 graus. Cada um estava com um piolet de travessia e nessa parte final utilizamos a maior parte do tempo com a técnica do piolet apoio. Não é necessário levar piolets técnicos. Quando mais próximo do fim da subida, mais inclinado fica. Nesse pedaço algumas pessoas optam por escalar com corda colocando algumas ancoragens na neve. Levamos cinco horas e dez minutos desde a saída do acampamento até o cume do vulcão.
O cansaço da subida é recompensado pela maravilhosa visão do topo do vulcão. Impressiona o lago Todos Los Santos, que fica do lado oposto ao Llanquihue, com o Tronador no fundo e num dos cantos o vulcão Puntiagudo. Também é possível ver o Villarica e o Lanín, muitas outras montanhas e, atras do Llanquihue, o oceano Pacífico. A cratera do vulcão é completamente coberta pelo glaciar. Depois de um tempo descansando e comendo no topo, saímos em busca de uma caverna de gelo na face norte do vulcão. Essa caverna é um buraco no glaciar na forma de um cilindro de uns três ou quatro metros de diâmetro e uns bons metros de profundidade. No fundo é possível observar a parte rochosa do vulcão. Infelizmente, só depois que descemos descobrimos que é possível rapelar para dentro da caverna e caminhar no vão entre a rocha e o glaciar até uma outra saída na face leste. Não tenho a menor idéia como uma entrada cilindrica dessas pode ter se formado, gostaria muito de saber.
Depois de duas horas, entre o tempo parado no topo e a caminhada até a caverna, começamos a descer pouco depois do meio dia. Optamos por um caminho à esquerda da linha por onde subimos, seguindo algumas pegadas, na esperança de que fosse um pouco menos inclinado. O começo de fato era, mas a ilusão durou pouco. Acabamos descendo por uma parte aparentemente mais inclinada do que a nossa subida. O trecho inicial, como tínhamos que caminhar devagar, cravando bem o crampon, foi tão cansativo quanto a subida. Talvez nesse pedaço montar um rapel, além de mais seguro, seja inclusive mais rápido.
Passado esse trecho inicial, o restante da descida, tanto o trecho final do glaciar quanto as morenas até o refúgio, é bem tranquilo. Levamos 2:30h para descer, totalizando 9:45h minutos desde o momento que saímos do acampamento.
No estacionamento do refúgio mais movimentado, o Iván nos ajudou a conseguir uma carona para voltar para Ensenada. Nunca foi tão fácil pegar uma carona. Ele parava todos os carros que estavam descendo e perguntava se podiam nos levar. O terceiro carro que passou topou. De Ensenada seguimos de ônibus para Puerto Montt e depois Santiago, de onde voltamos para São Paulo.
Transporte de Ensenada para o início da trilha do Osorno
Rudy Plagemann
rplagemann@gmail.com
Celular: (09) 6956667
Casa: (065) 212070
Cobrou 20.000 pesos chilenos para nos levar e disse que faria ida e volta por 30.000 pesos
Guardaparque do CONAF no Osorno Iván Barría Castro
ivanvolcanosorno@gmail.com
Celular: (09) 4038044
Mapas livres da Argentina e Chile para GPS (incluindo estrada de acesso ao começo da trilha do Osorno) http://www.proyectomapear.com.ar/
Atualização 21/06/2011: o Xavi comentou abaixo que o Shotwell tem uma opção para editar os metadados em lote. Fica a dica para quem prefere a interface gráfica. Para mais informações http://yorba.org/shotwell/help/edit-time-date.html
Algumas vezes quando viajo mais de uma pessoa leva câmera fotográfica. Quando volto, gosto de juntar todas essas fotos em um único diretório e renomear elas de acordo com a data de criação para poder vem as fotos em ordem independente da câmera. Para fazer isso uso a ferramenta para renomear em lote do software digiKam. Para fazer isso, usava o digiKam mas não encontrei essa opção na nova versão que vem com o Ubuntu 9.10. Utilizei então o Krename.
Porém, algumas vezes a data e o horário de uma das câmeras não está certo e, por tanto, o metadado referente a data de criação das fotos está errado. Para poder renomear as fotos levando em conta a data de criação é necessário então primeiro corrigir o metadado. Para isso utilizo o exiv2, uma ferramenta de linha de comando para linux para editar metadados de fotos.
Para instalar o exiv2 no Ubuntu basta rodar o seguinte comando:
sudo aptitude install exiv2
Para ver os metadados de uma foto basta passar o nome do arquivo como primeiro parâmetro para o software (onde foto.jpg deve ser trocado pelo nome do arquivo):
exiv2 foto.jpg
Também é possível inserir, deletar, modificar ou renomear metadados. Informações sobre como utilizar esses recursos podem ser obtidas na man page do programa:
man exiv2
Existe ainda o recurso de ajustar a data e horário de criação de uma ou mais fotos passando um número de horas, ou dias, ou meses (etc). Com isso basta descobrir em quanto a data da câmera que tirou as fotos estava errada (comparando por exemplo os metadados de duas fotos tiradas com câmeras diferentes mais ou menos no mesmo horário) e utilizar o recurso de ajustar data e horário do exiv2.
A opção para ajustar é a ad e ela depende de pelo menos mais um parâmetro que pode ser (tradução livre da man page):
-a tempo – Ajustar tempo no formato [-]HH[:MM[:SS]]. Essa opção só pode ser usada com a ação de ajustar (ad). Exemplos: 1 adiciona uma hora, 1:01 adiciona uma hora e um minuto, -0:00:30 subtrai trinta segundos.
-Y anos – Ajuste de tempo com base num número positivo ou negativo de anos.
-O meses – Ajuste de tempo com base num número positivo ou negativo de meses.
-D dias – Ajuste de tempo com base num número positivo ou negativo de dias.
Por exemplo, para arrumar em uma hora e meia o horário de todas as fotos da extensão JPG que estão em um determinado diretório:
exiv2 ad -a 1:30 *.jpg
Ou então para subtrair duas horas, quarenta minutos, quinze dias e dois meses:
exiv2 ad -a -2:40 -D 15 -O 2 *.jpg
Ps: alguém conhece alguma interface gráfica para Linux que permite fazer esse tipo de manipulação de fotos?
No começo de agosto estive em Barcelona para mais um encontro da comunidade do Tikiwiki, o TikiFest Barcelona (http://tikiwiki.org/TikiFestBarcelona). Enquanto eu trabalhava no meu projeto para o Google Summer of Code, o restante do pessoal estava lá para desenvolver um novo recurso para o Tikiwiki: workspaces.
Além das fotos, foram feitos dois vídeos do encontro. O primeiro foi feito pela Vladislava, mulher do Luci, ela é Tcheca e trabalha para uma televisão chinesa independente (é uma televisão chinesa proibida na China). É um vídeo com um carater mais institucional, de divulgação do Tikiwiki, com entrevistas com alguns dos membros da comunidade (mais informações sobre a matéria http://english.ntdtv.com/ntdtv_en/ns_europe/2009-08-13/093675925612.html).
O segundo vídeo foi feito pelo Xavier, ele é de Barcelona e foi quem organizou toda a logística do encontro. O vídeo dele é mais longo e mostra um pouco mais da dinâmica do encontro.
[flv]http://media.ntdtv.com/ebrief/news/20090813-wn-15-tikifest in barcelona.flv[/flv]
In the first week of July I was in London for the GSOC (Google Summer of Code) TikiFest. TikiFests are a tradition in the Tikiwiki community. It is when two or more Tiki contributors get together to code, discuss about free software etc.
This time the main reason for the TikiFest was to gather together all the students from GSOC who are working in the Tikiwiki projects. This is the first year Tikiwiki is participating in GSOC and there are four students involved, including myself.
Two students from Spain, Aldo and Ben, are working together to create the new workspaces feature (the ability to have collections of items/objects that allow different set of users to have different kinds of access in a single Tikiwiki installation). For more information on their project see the wiki page http://dev.tikiwiki.org/workspaces. At the TikiFest they presented their work done until that moment and we discussed some tricky aspects of the implementation. The development of the workspaces is of great interest for the Tikiwiki community and there are more people working on it at present besides the two GSOC students. On the first week of August there will be another TikiFest in Barcelona just to discuss and develop some parts of the workspaces.
Another student from India, Nagendra, was there to present his project which will allow online video edition in Tikiwiki using the Kaltura API. Maybe in the future we will be able to edit video the wiki way using this.
And finally I presented my project to create a migration script from Mediawiki to Tikiwiki. As my mentor on this project, Nelson Ko, was at the TikiFest I had a great opportunity to make some crucial decisions for the project. Mainly to leave phpBB for another project and focus only on the migration from Mediawiki to Tikiwiki.
Beside the presentation of the projects, we also discussed some interesting aspects of the free software world. Aldo and Amette showed some of the great features Git has over SVN and we discussed how the Tikiwiki community could benifit from moving to Git (for example merging branches is much easier with Git). It was agreed that as an expemeriment the workspaces development would be done using Git.
Jonny talked about the recent development of the Tikiwiki profiles and Jean-Marc showed some inconsistencies between the administration page of different Tikiwiki features and we discussed possible interface standards for those pages.
Olaf-Michael brought the discussion about Tiki as an open translation tool. He told us about http://translatewiki.com/, a place to centralize and make the translation of different open source wiki softwares as easy as possible. They are interested in putting Tikiwiki in the pool of softwares they translate and Olaf is in contact with them to make this happen. Although the way Tikiwiki handles with translations at present (a PHP array for each language with key/value pairs) is accepted by TranslateWiki I mentioned at the TikiFest that it would be a good idea for the Tikiwiki community to switch to a standard open source tool for translation like gettext.
At present it is hard for a non-technical person to start helping with Tikiwiki translation. As I host several sites using Tikiwiki for different Brazilian social movements I am very interested in making it easier to translate. I think that using a standard tool for that purpose is a great first step. We can take advantage of all the tools built around gettext that already exist. I plan to look at this question in the next weeks, so if anyone else is also interested please do let me know. Apparently it is not that hard to convert to gettext. PHP has gettext built-in support and there is already a script to convert from Tikiwiki language.php files to gettext. Before moving, as mentioned by Jean-Marc, it is a good idea to talk with people from other projects that already use gettext to learn from their experience.
On the last day of the meeting, Aldo, Ben and I (unfortunately Nagendra had to leave the day before) talked about the difficulties we had with Tikiwiki when we started our projects. We agreed that the lack of technical documentation and tests were the two most difficult aspects.
Without technical documentation we had to read the code to understand what a function does and without tests it is much harder to know if the change you are making will break something elsewhere in the code. With this in mind we are using in our projects phpDocumentor and PHPUnit. By using phpDocumentor we can have some day, as proposed by Aldo in the devel list, api.tikiwiki.org. Very similar to http://api.joomla.org/ or http://api.cakephp.org/. Which can help to atract more contributors. PHPUnit is already used in a few parts of Tikiwiki. Louis-Phillipe created on trunk the directory lib/core. All the code there have tests. Alain Desilets and Marta Stojanovic are using PHPUnit with Selenium to write acceptance tests for Tikiwiki.
This is what I remember from the discussions we had during the five days of GSOC TikiFest. If I forgot to mention something please leave a comment.
A viagem pela Europa começou em grande estilo. Vim para Londres para participar de um encontro da comunidade do Tikiwiki, o GSOC TikiFest, para discutir os projetos do Google Summer of Code (em breve vou escrever um post relatando como foi o encontro e a apresentação do meu projeto).
Antes de sair de São Paulo, graças a ajuda de um amigo da Bicicletada consegui um lugar para ficar durante meus dias em Londres, a casa da irmã dele. Quando desci no aeroporto pensava que para esses dias serem perfeitos só faltava eu arranjar uma bicicleta para me locomover pela cidade. O transporte público funciona muito bem, metro e ônibus para todos os lados. Mas também é muito caro, pelo menos da ótica de alguém que ganha em reais. Se não conseguisse a bicicleta, meu plano era caminhar os cinco quilometros que separam a casa onde fiquei do local do encontro.
A viagem de São Paulo para Londres correu bem. Meu lugar era na janela, estava louco para ver o oceano de dentro do avião, porém quando começamos a sobrevoar o mar já era noite (não sei porque estava com essa idéia na cabeça de que o avião sairia de São Paulo direto para o oceano, quando na verdade ele sobrevoa o continente até o extremo norte do nordeste brasileiro). Assisti a Era do Gelo e conversei bastante com um cara de Natal e uma senhora de Buenos Aires. Eles ocupavam dois assentos e meio e eu tinha que me virar com a metade de um assento que sobrava 🙂
Vooei com a British Airways, quando fiz o checkin online solicitei refeições vegetarianas e tudo funcionou bem. Tanto na janta, como no café da manhã, eu recebi uma refeição especial. Fiquei feliz por eles terem estrutura para atender esse tipo de demanda. Não sei como funciona com outras companhias. Será que todas são amigáveis com os vegetarianos?
Chegando em Londres minha grande preocupação era com a imigração, não me animava nenhum pouco a idéia de chegar lá e ser mandado de volta para o Brasil no próximo avião. Ao mesmo tempo me sentia o imigrante ilegal perfeito. Não tenho propriedades no Brasil, não sou casado, não estudo e só consigo comprovar mais ou menos um vínculo de trabalho (não tenho CLT). Tinha mais de uma dezena de documentos para mostrar. No fim fui atendido por uma mulher super simpática que perguntou a razão da minha visita, pediu para ver minha passagem de volta para o Brasil e a passagem para a Suécia e nada mais. Grande alívio!
Encontrei com a Ludmila numa estação de metro e fomos para a casa da irmã dela, onde eu fiquei hospedado. Ainda no caminho, no ônibus, ela me perguntou se eu tinha interesse em usar durante meus dias lá uma bicicleta de um amigo que estava encostada há algum tempo. Perfeito! No mesmo dia sai para pedalar pela cidade.
Passei cinco dias em Londres e em todos utilizei a bicicleta. No que diz respeito a locomoção de pessoas, São Paulo tem muito a aprender com Londres. Bicicleta lá é considerado um meio de transporte (ao contrário de São Paulo que ainda teima em ver a bicicleta como lazer). Tem um site legal para planejar rotas de bicicleta: http://www.tfl.gov.uk/roadusers/cycling/11598.aspx
Óbvio que nem tudo é perfeito, nos meus dias por lá cruzei com duas ghost bikes (uma delas é a da foto abaixo) e certamente existem outras. Porém é emocionante ver o respeito dos motoristas, principalmente dos motoristas de ônibus. Em todos os meus dias não levei uma fina, nenhuma busina. Os ônibus ou me esperavam até parar no ponto ou então me ultrapassavem mudando completamente para a faixa ao lado.
Ao contrário de São Paulo, que continua investindo na lógica do transporte individual como fica claro na recente iniciativa da Kassab e Serra de proibir a circulação de ônibus fretado no centro da cidade e de derrubar árvores para ampliar pistas na marginal, em Londres existe uma clara política pública em favor do transporte coletivo e alternativo. Automóveis particulares tem que pagar para circular no centro, existem ciclovias e bicicletários para todos os lados (e cada vez mais também ladrões de bicicleta), os pontos de ônibus tem informação sobre o itinerário e os horários das linhas que passam por ali.
Todas são coisas relativamente simples de fazer (nenhuma delas demanda uma intervenção tão drástica na estrutura urbana com demanda por exemplo a ampliação da marginal) e podem melhorar muito o fluxo de pessoas em São Paulo.
Ps: nos seis dias que passei em Londres ouvi buzina de carro apenas duas vezes (literalmente). Interessante. Não que Londres seja o paraíso, as duas vezes que ouvi buzina de carro foram em situações típicas de stress no trânsito. Na primeira um motorista de carro buzinou para pedestres: “saiam da frente se não eu passo por cima”. E na segunda um carro reclamou com o outro. Mas de qualquer forma é curioso pensar porque será que em São Paulo tem tanto barulho de buzina.