Algumas fotos da Bicicletada carioca de fevereiro

Ok, não sou exatamente um bom fotografo mas resolvi publicar as fotos abaixo para registrar a Bicicletada carioca de fevereiro. Essa foi uma das edições com maior número de participantes, 17 ciclistas. Em agosto de 2007 foram 18 (fotos no site da Transporte Ativo).

A Bicicletada no Rio acontece toda última sexta-feira do mês. A concentração é na Cinelândia em frente ao Cine Odeon a partir das 18h30. Às 19h30 saímos para pedalar. O trajeto é sempre decidido na hora. Para mais informações http://bicicletada.org/riodejaneiro e http://bicicletadario.wordpress.com/.

Die-in: uma idéia para o Dia Mundial Sem Carro 2010

Desde 2006 em Montreal a principal atividade do Dia Mundial Sem Carro é o die-in.

Die-in em Montreal em 1976
Die-in em Montreal em 1976

Um die-in é um evento simbólico, uma encenação teatral, onde os participantes fingem estar mortos em algum cruzamento afim de chamar atenção para uma das principais consequências da sociedade do automóvel: a morte. Seja diretamente em atropelamentos ou “acidentes” ou indiretamente em função da poluição e outros fatores. Os participantes são encorajados a se preparar para o evento com sangue falso, bandagens etc.

Die-in em Montreal em 2006
Die-in em Montreal em 2006

O primeiro die-in que se tem notícia ocorreu em Montreal em 1976 e foi organizado pela Le Monde à Bicyclette. Já naquela época chamava a atenção para os problemas causados pelos automóveis e defendia o uso de formas ativas de transporte. Trinta anos depois, em 2006, participantes da Massa Crítica de Montreal retomaram a idéia como parte das atividades do DMSC e, desde então, todo ano organizam um die-in.

Foto original em http://www.flickr.com/photos/53126648@N04/4902740183/
Foto original em http://www.flickr.com/photos/53126648@N04/4902740183/

Para mais informações e fotos sobre os die-ins em Montreal (em francês):

Die-in em Montreal em 2006
Die-in em Montreal em 2006

Em São Paulo o evento ocorreu pelo menos uma vez durante o Pedal do Silêncio em 2008 (apesar de não utilizar o nome die-in):

Die-in durante o Pedal do Silêncio em 2008 (foto do André Pasqualini: http://ciclobr.multiply.com/photos/photo/23/17)
Die-in durante o Pedal do Silêncio em 2008 (foto do André Pasqualini: http://ciclobr.multiply.com/photos/photo/23/17)

Infelizmente como não estou na capital paulista não estou acompanhando a organização do DMSC 2010 e tão pouco estarei presente no 22 de setembro. De qualquer maneira fica a sugestão para organizar um die-in. As fotos dos die-ins de outros anos aqui em Montreal são empolgantes. Com um pouco de maquiagem e criatividade dá para fazer bastante barulho.

Die-in em Montreal em 2008
Die-in em Montreal em 2008

Die-in em Montreal em 2008
Die-in em Montreal em 2008

Ajude a financiar um filme sobre ghost bikes

Atualização (06/07/2010): a campanha para ajudar o filme foi um sucesso. Eles pediram US$2500 e conseguiram US$3175 😆

Uma ghost bike é ao mesmo um memorial a um ciclista que foi assassinado por um veículo motorizado, uma vida perdida em função da pressa de alguém na maioria dos casos, e um lembrete para os outros motoristas de que as ruas devem ser compartilhadas por todos os modais.

Ghost Bike em homenagem a  Márcia Prado na Av. Paulista (fonte:  http://marioav.blogspot.com/2009/02/marcia-vive.html)
Ghost Bike em homenagem a Márcia Prado na Av. Paulista (fonte: http://marioav.blogspot.com/2009/02/marcia-vive.html)

Através de um post que o Willian fez em seu blog (http://blig.ig.com.br/freeride/2010/05/26/documentario-sobre-ghost-bikes/), fiquei sabendo de um projeto da Meaghan Wilbur de New York para criar um documentário sobre as ghost bikes. Como é um projeto autonômo, ela está pedindo ajuda para custear os gastos com as viagens que pretende fazer por cidades na América do Norte, América do Sul e Europa para filmar ghost bikes e conversar com pessoas envolvidas na instalação das mesmas. Ela já esteve em São Paulo conversando com o pessoal da Bicicletada.

Como não encontrei no site do projeto informação sobre a licença que ela pensava em usar para o documentário, entrei em contato com a Meaghan que me respondeu que a idéia é usar uma licença livre. Provavelmente alguma licença Creative Commons, isso só não foi divulgado ainda pois ela não tem muito conhecimento sobre o assunto. Quem quiser ajudar com sugestões é só entrar em contato com ela através do e-mail publicado no site do projeto. Nada mais lógico que usar uma licença livre para um projeto que tem suporte comunitário.

Para contribuir com a produção do documentário basta ter um cartão de crédito internacional (se por acaso alguém tiver interesse em ajudar mas não tiver um cartão de crédito internacional entra em contato comigo em PVT que damos um jeito). O objetivo é juntar US$2500 até o dia 4 de julho, até agora foram levantados US$1588. Qualquer quantia é bem vinda. Quem ajuda com US$15 ganha acesso a uma versão digital do documentário para download. Quem ajuda com US$25 recebe em casa um DVD.

Para mais informações sobre o projeto: http://ghostbikesfilm.com/

Para financiar o documentário: http://www.kickstarter.com/projects/incitefulmedia/ghost-bikes-film-portland-to-london

Para saber mais sobre as ghost bikes instaladas em São Paulo veja o box “As Ghost Bikes de São Paulo” no post do Willian citado anteriormente: http://blig.ig.com.br/freeride/2010/05/26/documentario-sobre-ghost-bikes/

Segue abaixo o trailer com algumas das imagens que serão usadas no documentário.

É possível usar a bicicleta para transporte de carga?

Bicicleta é um meio de transporte individual muito eficiente. Agora, não é possível fazer as compras do mês no supermercado ou mudar de casa de bicicleta. Para isso é necessário um transporte motorizado, certo? Errado!

Não se trata de acabar com os carros e caminhões e criar uma sociedade das bicicletas. É óbvio que não é possível fazer tudo de bicicleta (uma ambulância com pedais não parece ser uma boa idéia), a bicicleta tem limites. Mas os dois vídeos abaixo mostram que esses limites são muito mais flexíveis do que costumamos imaginar. Mostram que é possível transportar muito mais do que pensamos com uma ou várias bicicletas e que as compras do mês no supermercado não chegam nem perto do limite de carga de uma bicicleta (isso sem falar que supermercado não é exatamente o melhor lugar para se comprar comida…).

O primeiro vídeo é sobre a Déménagement Myette, uma empresa canadense que faz transporte de cargas, em geral mudanças. Porém eles não usam caminhões para carregar sofás e geladeiras, transportam tudo em bicicletas.

Looking for a professional but affordable way to move a few big items on
Montreal Island?

Our experienced and courteous employees can move your furniture and
appliances, or even construction refuse, through the use of large
flatbed trailers pulled by bicycles.

By choosing our company, you not only get a great service, but
you also support an efficient and friendly alternative to
polluting, noisy and bulky trucks.

(texto retirado do site da empresa: http://www.demenagementmyette.ca/home/)

Já o segundo filme é um curto documentário de um cara construindo um caminho de pedras no seu jardim. O detalhe é que ele usou uma bicicleta para transportar para sua casa todo o material usado na construção inclusive os grandes blocos de pedra (aproximadamente 3,3 toneladas). Tudo isso para no final falar: “It’s hard to do your shopping by bicycle? Then don’t go shopping for anything bigger than a sidewalk”. Vale a pena ver também as imagens de distintas bicicletas com carga no final do filme a partir dos 4m14s.

No site do Grupo Transporte Humano tem dois posts interessantes sobre transporte de cargas com bicicletas. O primeiro, intitulado “O que leva e o que é levado”, é uma reflexão de um dos autores a partir da sua experiência com um trailer para bicicleta. O título do segundo é auto-explicativo: “Dez dicas para fazer supermercado (sem carro, claro)”.

Para terminar, uma tirinha do Yehuda Moon que resume bem o espírito por traz dessas “ideias malucas” de explorar os limites da bicicleta como meio de transporte: